De onde está Joji Obara agora em ‘Desaparecido: o caso Lucie Blackman’?

O corpo do jovem de 21 anos foi encontrado perto de sua propriedade.

O mais novo documentário sobre crimes reais da Netflix, Missing: The Lucie Blackman Case, detalha a história perturbadora de uma mulher de 21 anos que desapareceu em Tóquio e nunca mais foi vista. Como explica o documentário, Lucie Blackman, ex-comissária de bordo da British Airways, decidiu tirar um ano sabático em 2000, mudando-se do Reino Unido para Tóquio com uma amiga, Louise Phillips, onde os dois planejavam morar e trabalhar na cidade. .

Mas menos de um mês após sua mudança, Lucie desapareceu – e demorou sete meses até que seu corpo fosse encontrado. O documentário explora os acontecimentos em torno de seu desaparecimento e inclui entrevistas com detetives japoneses que trabalharam no caso e com o pai de Lucie, Tim Blackman.

O documentário também fala muito sobre um homem chamado Joji Obara, que acabaria sendo preso e acusado de ligação com o desaparecimento de Lucie. A ligação de Obara com o caso é complicada e é compreensível que haja dúvidas. Aqui está o que você precisa saber:

Joji Obara era um incorporador imobiliário milionário em Tóquio antes de enfrentar uma sentença de prisão perpétua por crimes como estupro e homicídio culposo, de acordo com o The Wall Street Journal. Obara nasceu em Osaka, Japão, em 1952, mas depois mudou-se para Tóquio, segundo o The Sun.

Obara frequentou escolas particulares e se formou na Universidade Keio em política e direito, diz o The Sun. Ele vendeu propriedades para obter lucro e foi descrito como um “milionário playboy” antes da morte de Lucie.

Depois de se mudar para Tóquio, Lucie conseguiu um emprego como recepcionista em um clube sofisticado chamado Casablanca, explica o documentário. Ela saiu com um cliente, Obara, menos de um mês depois de chegar a Tóquio e nunca mais se ouviu falar dele.

No entanto, sua colega de quarto, Louise, recebeu uma ligação no dia seguinte ao encontro de Lucie de alguém que disse que ela havia se juntado a um culto, relata o The Independent. Louise procurou a família de Lucie, que voou para Tóquio para tentar descobrir onde sua filha estava.

Durante sete meses, a família e os detetives de Lucie trabalharam para tentar descobrir o que aconteceu com ela. Então, em 9 de fevereiro de 2001, as autoridades encontraram o corpo desmembrado de Lucie em uma caverna à beira-mar, a poucos metros da casa de Obara, relata o The Mirror.

Lucie foi cortada em oito pedaços e sua cabeça estava envolta em concreto.

Dois meses depois que o corpo de Lucie foi localizado, a polícia prendeu Obara e o acusou de sequestro, estupro e eliminação de seu corpo de Lucie. Na época, ele também foi acusado da morte de uma mulher australiana, Carita Ridgeway, em 1992, e de outros oito estupros.

Pesquisas no condomínio de Obara encontraram milhares de vídeos feitos à mão dele agredindo centenas de mulheres, de acordo com o WSJ. Ele acabou sendo julgado por estuprar e drogar nove mulheres, além de Lucie, entre 1992 e 2000.

Em Abril de 2007, o Tribunal Distrital de Tóquio condenou Obara à prisão perpétua pelas acusações de violação relacionadas com as outras mulheres e homicídio culposo no caso Ridgeway, afirma o WSJ. No entanto, Obara foi considerado inocente de todas as acusações relacionadas a Lucie, com o juiz dizendo que o tribunal não poderia determinar que Obara a havia estuprado enquanto a causa da morte de Lucie fosse desconhecida.

O corpo de Lucie estava gravemente decomposto quando foi encontrado, tornando difícil encontrar evidências confiáveis ​​sobre o que aconteceu com ela, diz o The Mirror.

A família de Lucie recorreu da decisão do juiz e, em 2008, Obara foi considerado culpado pelo sequestro, desmembramento e eliminação do corpo de Lucie. O tribunal não conseguiu encontrar provas suficientes para condenar Obara por seu assassinato, de acordo com o The Independent.

Estimativas online colocam o patrimônio líquido de Obara em torno de US$ 38 milhões, mas é difícil dizer com certeza qual é sua renda total. O WSJ também aponta que Obara perdeu sua imobiliária durante uma recessão durante a década de 90.

Obara está atualmente cumprindo pena de prisão perpétua, de acordo com o The Japan Times. Ele inicialmente apelou da sentença para a Suprema Corte do Japão, que foi rejeitada em dezembro de 2010, segundo o The Sun.